Em tempo recorde, o PMDB anunciou a saída do partido do governo Dilma, na tarde desta terça-feira (29). A reunião, que durou três minutos, não precisou de voto nominal para aprovar a moção que oficializa a saída da sigla, e foi finalizada com gritos de “Viva o Brasil”. Em conversa com o Bocão News, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, comemorou e disse que o país viverá um novo momento.

De acordo com Lúcio, a legenda não se preocupa com a possível permanência de ministros peemedebistas, como é o caso de Kátia Abreu, da Agricultura. Na manhã de hoje, o ministro do Turismo, Henrique Alves pediu demissão. “Quem ficar terá que se explicar, pois o partido decidiu por deixar o governo. Quais argumentos eles terão agora. Kátia só entrou no PMDB para ser ministra, então da mesma forma que ela entrou ela vai sair”, criticou.
politicoDurante a curta reunião, que não teve a presença do vice-presidente Michel Temer, parlamentares, presidentes de diretórios e membros da executiva nacional reverberavam a possibilidade de um governo Temer: “Brasil pra Frente, Temer presidente”, gritavam. O deputado federal não quis afirmar que o partido já planeja um governo do vice-presidente, inclusive com nomes ventilados para os cargos – neste também inclui o irmão do parlamentar e presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima. “Não tem nada articulado, naturalmente pode acontecer. O que tem de planejado é a saída do governo, só isso”, disse.

Quem também participou da reunião foi o deputado estadual Pedro Tavares. Para ele, a ruptura é um momento histórico. “Foi um momento histórico para todos. O PMDB deixa a base por acreditar no país. Fiquei impressionado com este momento, tamanha indignação”, defendeu.

Com a saída dos peemedebistas, governo federal já mapeia cargos para distribui-los aos partidos que permanecerem na base. Ao todo são sete pastas e 600 cargos apadrinhados.